segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Gabarito

Januária, 23 de agosto de 2010, após uma tarde de conversas acaloradas...

Acho engraçado toda vez que vou ao médico, ou algum lugar que me faça esperar tempo suficiente pro desespero me mandar ler o que vier pela frente, e nessas horas sempre me deparo com aquelas revistas femininas (normalmente edições do ano passado) tão famosas por serem detentoras das mais diversas verdades absolutas, como: “A majestosa dieta do Pula: um dia da semana você come, os outros você pula, resultado em até 30 dias”, ou então “Cinco dicas fenomenais pra manter os cabelos macios e sedosos durante suas férias na praia de Copacabana” e a mais clichê de todas “O que os homens realmente querem das mulheres: abandone seu jeito de ser e conquiste o gato dos seus sonhos.”
A graça que vejo na cena não é pelas manchetes, tá certo, das manchetes também acho graça, mas sim pelo processo que começa a se desencadear na cabeça delas. Como reage uma mulher diante de tais “verdades absolutas”?

O melhor de tudo foi que hoje pude parar de imaginar como isso acontece e pude presenciar na prática:
Minhas colegas estavam falando sobre o “homem perfeito”, utilizando como alicerce da conversa uma dessas tais revistas, besta que sou, fui tentar defender a classe dos não perfeitos, de nós, homens mortais. Quando me dei conta, estava no meio de uma confusão. Eu contra elas e não dando o braço a torcer aos padrões definidos pela revista como o homem dos sonhos, enquanto elas tentavam me convencer de que meu pensamento estava errado. A conversa não deu em nada, afinal de contas a meu favor eu só tinha a mim mesmo, ou seja, nada muito convincente.

Mas querem saber por que sou tão contra perfis pré-conceituados? Porque ninguém se enquadra neles! São padrões idealizando pessoas perfeitas, e graças a Deus só ele é perfeito. E isso me faz voltar a elas, as sete mulheres com as quais trabalho, quase uma casa das sete mulheres, e só por ironia do destino, ou não, o sete é o número da perfeição.
Dessa forma, seria um sacrilégio, um insulto a essa obra de Deus, se eu chegasse diante delas com uma revista qualquer e lesse o trecho que estaria descrevendo como deveria ser a mulher que todo homem sonha, nenhuma delas se encaixaria por completo, uma vez que esse modelo de perfeição só existe mesmo nas páginas das revistas, nos poemas de Tomás Antônio Gonzaga e nos Contos de Fadas. Pior ainda seria se elas tomassem como verdade aquelas palavras e resolvessem seguir aquele padrão. Seria um desastre, bocejo só de imaginar sete mulheres todas iguais e “perfeitas”, que tédio! Ainda bem que se eu fizesse isso (só pra constar: eu jamais faria isso, heim!) elas não me levariam a sério, já que, não sei por que, quase nunca elas me levam a sério (rsrsrs).


Agora, sabe o que acho mais interessante nelas, são todas completamente DIFERENTES, tanto em seus feitios físicos como na personalidade, não escondo que elas possuem suas semelhanças, mas são suas diferenças que as tornam, especialmente lindas. E feliz daquele homem que descobrir na mulher qual a característica, por mais sutil, que a faz ser única pra ele.


Ah! Se elas soubessem o poder que tem sobre nós homens, paravam de ler essas revistas e começariam escrevê-las, mas não espalha isso não que é segredo.



Essa é uma crônica de ficção e fantasia.
Toda e qualquer semelhança com fatos
e/ou nomes reais é mera coincidência ;)


2 comentários:

  1. Ta apaixonado heim! XD

    Feliz aquele que consegue olhar por sobre o ombro de quem gosta e ali enxergar uma luz.

    ;)

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  2. Apaixonado, eu!?
    No exato momento, só pela vida.

    amanhã, quem sabe, uma bigamia...
    kkk

    :p

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